O camisola 8

Adora futebol. Por isso jogava no meio do campo com a camisola 8, igual ao ídolo. “Essa é a melhor posição, pega na bola o tempo todo”. Agora escreve sobre esse Mundo que é o futebol.
De tudo um pouco, na maioria das vezes sem saber o que diz, das outras sem saber o que dizer.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fra(n)ca Final

  E na primeira final europeia que não encheu o estádio. Onde para além dos adeptos, a polícia não se lembrou que havia jogo. E onde os treinadores se esqueceram de representar a dimensão do futebol português, onde os jogadores não estiveram à altura do que sabem, venceu a melhor equipa. O Porto.

  Não sei se, se esmagaram com a pressão mediática nacional, se não mediram ou mediram demasiado as consequências que este jogo podia representar, ou simplesmente se conheciam bem demais. Mas é um dado adquirido que foi um jogo muito pobre. Não foi digno de uma final nem do futebol português.

  Mais que duas equipas a quererem ganhar, o que se viu em campo foram duas equipas a não quererem perder. Foi um jogo interessante de leitura táctica, e de conflito de mentalidades e ideias, mas houve pouco jogo. Vencer com um remate à baliza diz muito sobre o que foi a prestação ofensiva das equipas. Houve 4 potenciais ocasiões de golo. Um remate de Custódio a abrir a 1ª parte, o falhanço de Mossoró a abrir a segunda, o remate de Hulk e o remate final de Bellushi. E assim se resume uma final. Com um falhanço do Rodriguez. O mesmo que será a referência de Alvalade? Quando numa final se queima uma substituição por uma lesão muscular? É um momento que define o jogador. Excelente central, inteligente, confiança para sair a jogar (e errar) e constantemente lesionado.

  Ganhou a equipa mais coesa e que tentou ser fiel ao ser estilo de jogo, nomeadamente em posse, onde um apagado Moutinho fez falta para dar rotação a essa intensidade de jogo pretendida.

  Um Braga onde Hugo Viana esteve muito abaixo do seu nível e onde Lima esteve sempre desacompanhado. E quando se esperava um companheiro para os seu lado saiu. Domingos pecou por ter arriscado pouco,e todo um sonho bracarense ruiu aos pés de Mossoró. 

1 comentário:

  1. Concordo com toda a tua avaliação do jogo, partilho exactamente da mesma opinião que tu. Só te queria fazer uma pergunta, porque razão foi o Hugo Viana substituido ao intervalo, quando é o melhor marcador de bolas paradas do Braga e essa era uma das melhores hipóteses de fazerem golo na segunda parte? A unica explicação que vejo foi ele ja ter visto um cartão amarelo e estar um pouco "exaltado" no jogo, ou então lesionou-se, de resto não estou a ver mais nada. Cumprimentos, JB

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