O camisola 8

Adora futebol. Por isso jogava no meio do campo com a camisola 8, igual ao ídolo. “Essa é a melhor posição, pega na bola o tempo todo”. Agora escreve sobre esse Mundo que é o futebol.
De tudo um pouco, na maioria das vezes sem saber o que diz, das outras sem saber o que dizer.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Magia do Brasileirão

Este craque do Flamengo que joga com a camisola 10 ainda dá muito "show de bola"!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Benfica 2 - 0 Trabzonspor



 Foi um Benfica previsível, o que entrou em campo hoje na Luz. Jesus tentou utilizar um onze base parecido com o da época passada, substituindo Sálvio por Enzo Pérez, o jogador mais parecido em termos de movimentação e capacidade técnica do plantel com o jogador Madrileno. 
  Benfica entrou dominador, mas pecava na saída de bola. Com os defesas a revelar enorme dificuldade na primeira fase de construção, a juntar à incapacidade de Javi Garcia de assumir o golo, era Garay o único elemento da defensiva encarnada capaz de verticalizar o jogo, nem que fosse apenas 20m à frente. Um grave lacuna na equipa de Jesus, que sem Coentrão e Maxi para encarrilarem a bola nos flancos, Luisão e Javi Garcia revelam-se (não agora, porque é sabido) incapazes de serem úteis à equipa com bola.
  A partir da meia hora, o jogo equilibrou-se e na segunda parte, foi mesmo a equipa turca que entrou mais forte, ameaçando várias vezes que estaria próximo o jogo. Com particular destaque para Adrian, Paulo Henrique e Colman, que com a sua qualidade técnica causaram bastantes desequilíbrios. Ao passo que Zokora secava Aimar, mas é precisamente quando entra outro médio centro para se juntar a Zokora e fechar caminhos, que o Benfica marca o golo. E a partir daí com confiança soube gerir melhor a bola, não arriscando e chegando ao segundo golo num golo fantástico de Gaítán. Talvez o 2-0 seja demasiado pesado para um equipa que se apresentou organizada e tentou várias vezes chegar ao golo, mas que não seja entendido como eliminatória ganha para o Benfica, pois jogar na Turquia nunca é fácil.

Artur - Acalma até o adepto mais nervoso. Transmite uma qualidade e tranquilidade essenciais à equipa. Com ele acabaram os calafrios na baliza. Ou muito me engano, ou Eduardo com esta transferência acabou de entregar as luvas do Euro ao Patrício, mas mais oportunamente falaremos disso.

Garay - Muito bom nos desarmes, e fantástico a forma como assume o jogo. Teve 4 ou 5 excelentes recepções de bola, que permite imediatamente à equipa sair a jogar com qualidade.

Luisão - Incompreensivelmente continua a envergar a braçadeira, mas como no futebol a memória é curta, teve 4 ou 5 desarmes vitais à equipa e a continuar assim, rapidamente retornará a ídolo.

Emerson - Atento, mas não exuberante como nos habituou o antecessor. Certinho, e mais participativo com o colega de lateral.

Aimar - Apagado, melhorou com o tempo, e é ele que "descobre" Nolito num passe só repleto de classe.

Enzo Pérez - Esforçado, mas apagado, terá que fazer muito mais.

Gaitán - Levantou o estádio com um golo soberbo e é de longe o melhor jogador encarnado. Com a passagem para o flanco oposto perde preponderância, e será interessante ver como Nolito poderá ir somando minutos sem "apagar" Gaitán.

Nolito - Entrou e apesar de não mexer imediatamente com o jogo, é dele o golo que transmitiu confiança. E teve mais 2 passes fantásticos para Cardozo. Complementando a análise em cima, espero para ver como coabitará com Gaitán.

Saviola/Cardozo - Movimentações interessantes mas que se revelaram sempre ineficazes, esforçados mas terão que melhor muito.

Witsel - Veio ajudar mais Javi e fechar a zona central, teve pouco tempo para se ver mais que a sua inteligência e o bom toque de bola.

Maxi - Não lhe vão dar férias? O rapaz não tem vitalidade. Mas vale descansar agora e regressar forte...

Jesus - Não sei se os jogadores já o ignoram, mas a maneira como gesticula, grita, esperneia e aponta é mais cómica que necessária. Não transmite confiança nem segurança...

sábado, 23 de julho de 2011

João Ribeiro




  Nutro uma especial simpatia pelo Vitória de Guimarães, e é com imensa pena que vejo que quando possui o melhor plantel da sua história (pelo menos da recente), tem um treinador de qualidade tão medíocre como Manuel Machado. A forma como organiza as suas equipas é atabalhoada, não existe fio condutor e normalmente depende sempre da qualidade individual dos bons jogadores que possui. Ver hoje as notícias da dispensa de João Ribeiro deixa-me atónito. Um jogador que o ano transacto foi praticamente sempre titular, que é jovem, e uma grande capacidade de aceleração de jogo, algo que só ele fazia o ano passado. 
  João Ribeiro é extremo, o ano passado jogou quase sempre no vértice dianteiro do losango de Manuel Machado, e com as suas constantes "saídas" de posição para as laterais e diagonais típicas de extremo consegui causar sempre muitos desequilíbrios nas defensivas adversárias. Lembrou que depois de um arranque fantástico no campeonato, na pausa de inverno falava-se no seu futuro, nos interessados e possíveis caminhos para a sua carreira. Hoje é emprestado a um clube turco. Grande parte do que um jogador é no momento, deve-se ao seu treinador. O que lhe pede,o que lhe dá, o que lhe transmite. E infelizmente, para João Ribeiro, Manuel Machado é medíocre como treinador.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Inevitável


Era uma questão de tempo. O "jogador à porto" chega a capitão.

Pobre Copa



 O Paraguai chega à final da copa América, sem ganhar nenhum jogo. Empatando os 3 da fase de grupos e os 2 a eliminar, acabar por vencer nos penaltys. Com um futebol absolutamente sem risco nenhuma, arriscando pouco ou nada. Jogando sempre na expectativa e no erro do adversário. O Paraguai faz lembrar a Grécia em 2004. É ridículo quando a competição continental que possui os jogadores mais tecnicamente evoluídos do mundo, produz espectáculo tão pobre e vazio de conteúdo. Que vença o Uruguai, a selecção do mundo com mais coração, garra e paixão. 

sábado, 16 de julho de 2011

Curtas Encarnadas

Jesus: Ao insistir em jogar com três números 10 ao mesmo tempo, perde capacidade de verticalizar o jogo nas alas, principalmente sem Maxi e Coentrão. A rever.

Nolito : É uma contratação fantástica, imprime velocidade a cada jogada, tem um drible curto muito bom.

Javi Garcia: Se por um lado é demasiado lento para dobrar alguém na defesa, aqui não se nota a sua falta de qualidade a sair a jogar.

Matic: Demasiado grande, parece que as vezes não tem "rins", falhou alguns passes fáceis.

Witsel: Jogou, na última posição que pensaria o ver jogar no meio campo. Não tem a magia de outros candidatos e pode render muito mais noutros lugares. Mas ainda agora chegou.

Artur: Não complica e vai ganhando pontos. Será Eduardo o concorrente?

Jara: Não é um jogador que aprecie particularmente, tenta resolver em força o que lhe falta em clarividência técnica, por vezes é algo trapalhão e decide na maioria mal os lances, mas ontem marcou um golo pleno de intenção.


Benfica: O meio campo deste Benfica é qualquer coisa de fantástico, a quantidade diferente de opções e de estilos ao dispor é algo muito bom. A Magia de Gáitan, Aimar ou Bruno César junta-se a explosão de Enzo, Nolito ou Urreta, as muralhas Javi e Matic, e a intensidade de Witsel. Um meio campo, que pode ser montado de várias formas, baseado em vários modelos de jogo, e que pode ser alterado em qualquer momento sem perder qualidade. Com tanto ouro, será que Jesus conseguirá extrair o melhor de cada um ?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Fome e Fartura

  Época 2010/2011, com as lesões de Rúben Amorim, Gáitan e Salvio e as intermitentes paragens de Carlos Martins, o Benfica pecou e muito, por não ter alternativas no meio campo, principalmente nas faixas do terreno, onde, inexplicavelmente não havia uma única alternativa válida aos habituais titulares.

  Época 2011/2012, chegam Matic, Enzo Pérez, Bruno César, Nolito e Witsel. Entre vários outros estes parecem-me aqueles que mais possibilidades terão de discutir o lugar na equipa principal de uma forma regular. Juntem-se Aimar, Gáitan e Javi Garcia, e não consigo perceber como Jesus vai manter tantos jogadores satisfeitos, e a jogar, quando está sempre tão limitado àquela táctica. Se juntarmos à equação um Carlos Martins a querer minutos para ir ao Euro... Será um desenrolar interessante, a forma como Jesus actuará nesta questão...

  Duvido que para ter Witsel abdicará de Javi Garcia pois é um jogador importante na forma de Jesus abordar o jogo. Se jogar a interior direito de forma a equilibrar mais a equipa, Enzo Peréz terá pouco espaço. Matic é outra alternativa. Depois existe três números 10, Aimar, Gáitan e Bruno Cesár, que lutarão por dois lugares, estando sempre em inferioridade aquele que tiver que actuar na faixa... Já Nolito parece-me uma alternativa mais interessante como segundo avançado. O que há em fartura no meio campo, escassa na defesa. Onde a qualidade é muito inferior ao sector seguinte da equipa. Esperar para ver.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Estes jovens vão dar que falar



Acabou esta noite, no México, o mundial sub17. Foi um campeonato onde se assistiram a jogos de uma qualidade muito acima da média, onde apareceram miúdos muito promissores e que eu acompanhei com grande felicidade e entusiasmo. O vencedor foi a equipa da casa, o México. Um justo vencedor, é verdade, mas se qualquer outro dos semi finalistas, Uruguai, Alemanha ou Brasil tivesse vencido a prova, o troféu teria ficado igualmente bem entregue. Talvez o "factor casa" fosse aqui o decisivo, como se viu na meia final depois de uma reviravolta de 1-2 para 3-2, frente à Alemanha, que depois galvanizou estes jovens jogadores que ganharam a final ao Uruguai por 2-0.

Mas para mim o jogo e as equipas que merecem maior destaque são as que disputaram a "pequena final", Brasil e Alemanha. Duas equipas extremamente criativas no ataque, com uma grande organização ofensiva, movimentos muito fluidos e soltos, que só pecam por algumas desconcentrações a defender e falta daquela "ratice" do futebol que só se ganha com a experiência ao longo dos anos. Desta equipas há alguns craques que merecem destaque. Da Alemanha, o capitão Emre Can, jogador que alinha com a camisola 8, é o chamado médio box-to-box, grande segurança a defender, o primeiro a levar a equipa para o ataque e detentor uma qualidade técnica notável. O médio ofensivo/avançado Okan Aydin, um jogador muito atacante, que participa pouco no processo defensivo, mas que compensa com uma grande visão de jogo e trabalhos de pés que fariam inveja aos maiores criativos da actualidade. Por fim o ponta-de-lança da equipa, Samed Yesil, faz golos e oferece golos, um jogador com um faro para o golo pouco comum e dono de dois pés igualmente invejáveis. Sendo estes alguns exemplos dos jogadores de grande qualidade da Alemanha, era esta, para mim, a melhor equipa da competição. O Brasil, como é seu hábito, tinha uma equipa também extremamente talentosa, onde consigo destacar o nr 10, Adryan, um médio ofensivo com uma leitura de jogo de grande qualidade e muita facilidade a aparecer a finalizar e o avançado da equipa Ademilson, dono de um remate muito fácil e de uma grande mobilidade na área que abriu muitas vezes espaços para entradas de outros companheiros. O jogo entre entas duas equipas terminou em 4-3 a favor dos alemães.

Estes são apenas alguns exemplos dos valores observados no torneio. Posso estar enganado, mas alguns destes "meninos" vão ser os futuros foras de série mundiais e não demorarão muito a aparecer. Agora é só esperar para ver...

sábado, 9 de julho de 2011

Sport América e Benfica

  Incrível como vejo nos blogs e na impressa, nomeadamente nas áreas dedicadas ao Benfica, os adeptos e comentadores a discutirem ideias e constituições de plantéis. E o principal problema é terem que ter 8 portugueses na equipa, e terem estrangeiros que infelizmente não caberão no plantel. E as dúvidas é onde cortar, para lá ter que ter algum espaço para Portugal. Mas como é possível que ninguém se preocupe ou levante a questão, de não haver portugueses no Benfica. Como é possível o Benfica iniciar a época sem praticamente nenhum português capaz de lutar por um lugar no onze? E o problema é que não vão ter espaço para todos os sul americanos e alguns infelizmente terão que ir embora. Mas o que é isto?!!


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ai Benfica

 



 O Benfica está sem Portugueses. Sem identidade. Sem a tão badalada mística. 
  Foram-se os capitães Moreira e Nuno Gomes, adorados pelos adeptos, desprezados pela equipa técnica. Foi-se Coentrão o ídolo dos adeptos. É Carlos Martins o representante português da gloriosa mística encarnada? Não brinquem comigo. O Benfica está sem identidade. Os representantes da formação são Roderick ou Miguel Vítor que disputam um lugar, é Miguel Rosa e David Simão que disputam outro e é Nelson Oliveira que se ficar, pouco ou nada jogará. Fico a pensar que só lá estão, porque é obrigatório ter jogadores da "casa" para se jogar na Europa. Que chatice!!
  É contentores de sul americanos a chegar, e metade é para emprestar, metade da que fica não vinga, e metade da que vinga não faz melhor figura do que os que estavam ou até um português. Excepções? É de caras, aqueles que mal tocam na bola sabemos que são craques, como o Enzo Pérez ou o Bruno César, e mesmo assim não é garantido que vinguem na Europa. Haverá tantas e tantos, outros Filipe Menezes neste plantel, que a pergunta pertinente, é como é possível ninguém colocar um travão nisto? Será que é Jesus o dono do Clube? Não tem superiores que o chamem à razão ou coloquem ordem na casa?!
  De Mika, tenho pena, pois é mais um GR português que vai estagnar, encostado a 3º GR de um clube grande e que pouco ou nada jogará. E tinha futuro, importante agora era somar minutos, não perde-los. Do leiria, riu-me, pois 500m€ é um montante ridículo, para o que poderia vir a render, tem 20 anos!
  E assim o auto denominado "Clube de Portugal" está sem Portugueses.

Messi e Ronaldo

  "Messi criticado por não cantar hino Argentino".

  "Messi criticado por a Argentina não ganhar."

  "Messi fez mau jogo."

 Onde é que já vi este filme? É o peso de ser um grande jogador, mas não se pode esperar que levem as respectivas selecções às costas. Deleguem responsabilidade que o talento virá ao de cima.

  Ontem ouvi uma tirada brilhante: "O Messi nunca joga mal, os outros é que não jogaram suficientemente bem para a bola chegar em condições a ele."