O camisola 8

Adora futebol. Por isso jogava no meio do campo com a camisola 8, igual ao ídolo. “Essa é a melhor posição, pega na bola o tempo todo”. Agora escreve sobre esse Mundo que é o futebol.
De tudo um pouco, na maioria das vezes sem saber o que diz, das outras sem saber o que dizer.
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mau reforço!


  Leio esta notícia, e caso se confirme, o que vindo de quem vem, é sempre uma probabilidade muito baixa, não me deixo de interrogar o que leva o Real Madrid a avançar para Coentrão.
  Marcelo realizou uma época excelente, a melhor desde que chegou a Madrid, é jovem e com um potencial imenso, tem uma grande força de vontade, trabalha imenso, sobre no terreno como um louco, apoia o ataque, e cada vez defende melhor. Assim como Coentrão! Os dois melhores defesas esquerdos de amanhã estarão na mesma cidade, na mesma equipa, a incompatibilizarem-se um ao outro. Ou seja um deles vai estagnar a sua evolução e será suplente do outro. E não percebo que utilidade terá isto para o Real Madrid...
  A não ser que Mourinho tenha uma carta na manga, e esteja a planear utilizar Marcelo a médio Ala. Pois seria um médio que equilibraria sempre a equipa e possibilitava um auxiliar maior aos companheiros, pois era um médio solidário e não individualista. Como Ronaldo na ala contrária. Então, mas e Di Mária? Bem isto é complicado fazer contas ao Real Madrid, pois a qualidade é imensa, mas não deixa de ser curioso que ou um será suplente do outro, ou um avançará no terreno, onde a qualidade é abundante...
  Pelo que já fez, Mourinho merece todo o crédito por isso a ver vamos. Isto se for verdade... Coentrão encaixava que nem uma luva no Barcelona. Ele ou o Bale!


terça-feira, 3 de maio de 2011

Guiados por Messi

Não houve massacre, não houve reviravolta histórica. Mas não houve humilhação.

O Real apresentou-se hoje mais pressionante e agressivo, e deu claramente a ideia que acreditava que podia fazer história e operar um reviravolta praticamente impossível.

O Barcelona hoje optou por uma estratégia mais expectante e de posse de bola no meio campo, arriscando muito pouco. Também não precisa, o Real é que tinha a perder com o resultado.

Mais um caso marcante, aquele golo anulado ao Higuaín mudaria o jogo como tinha referido aqui, não me parece que fosse falta, pois é involuntário, não me parece suficiente para cair assim e Marcherano já não chegaria à bola. Se Marcherano não caísse, seria golo à mesma. É assim que se defende o futebol de ataque?

Mas claramente não é hoje que o Real perde a eliminatória, foi na 1ª Mão. Foi na expulsão do Pepe, foi no golo anulado, mas também foi muito na estratégia da 1ª Mão.

Mourinho e os Abutres.

  É a referência, é o melhor. É o rei.

  A partir do momento que conquistou a Uefa no Porto, carimbou a entrada num clube restrito. O dos melhores, onde figura juntamente com Ancelloti, Wenger, Capello, Hiddink, Del Bosque, Lippi, e onde divide o ceptro, apenas com Ferguson. Qual a diferença? Bem, é em média 20 anos mais novo que os restantes, e já ganhou mais títulos que praticamente todos. Entrou na alta-roda à 9 anos e os outros já cá andam à temporadas e temporadas.

  Até que surgiu Guardiola, igualmente jovem, igualmente ambicioso e que treina a melhor equipa de sempre. Depois de dois anos a enfrentarem-se longinquamente, José decidiu que era altura de enfrentá-lo cara a cara, no seu terreno. Ganhou uma pequena (Taça), perdeu uma maior (La Liga) e tudo se perspectiva para que deixe também fugir a Maior. (Champions). Festeja-se a derrota, rejubila-se com a queda do maior.

  Mourinho ao primeiro grande abanão na carreira é criticado (esperado), pois o seu estilo sempre criou adversários,os que hoje rejubilam como abutres sobre o seu corpo. Mas há uma grande diferença, Mourinho já provou que é um vencedor, em várias equipas, em várias culturas, sempre com controlo e transição forte. Nunca variou (muito) de estilo. Foi sempre uma equipa à Mourinho. Não sei se Guardiola venceria um campeonato italiano. Talvez um Inglês. Mourinho, arriscou, e parece que perdeu. Mas levantar-se-á. Não é, nem de perto nem de longe o final de uma epopeia de vitórias. Pois por arriscar, Mourinho ficará sempre na história do Futebol, será sempre amado e odiado, suscitará paixões e ódios, será aclamado e apupado. Ao invés, por exemplo de Wenger, que nunca arriscou, poucos ódios terá, mas dificilmente será lembrado.

  Independentemente do que acontecer hoje à noite, Mourinho é Mourinho.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Real Madrid - Barcelona

É fantástico o modo como o Real altera a sua forma de jogar no espaço de 4 dias. Apesar de ter os mesmos princípios de jogo, a forma como altera a mentalidade com que aborda o jogo merece realce. Pode-se quase dizer que Real Madrid despiu o fato de gala de Valência para vestir o fato-macaco para jogar contra o Barcelona. Apesar de não ser tão diferente a forma de abordar a bola/baliza, antes a disponibilidade para o fazer.
Que Mourinho faça isso com o Inter, parece normal, fazê-lo com o Real Madrid já é uma novidade até para os seus adeptos. Mas talvez seja mesmo esta a única forma (será?) de conseguir deter o Barcelona, pois foi nessa mesma janela táctica que o Arsenal o ia fazendo (com as devidas diferenças na forma de sair para o ataque). Pois foi nesses jogos, que se viu o Barcelona em maior dificuldades. As duas equipas com forma evoluídas de abordar a posse de bola (Arsenal e Real) desistiram desse aspecto de jogo, onde sabiam que Barcelona era rei. E apostaram numa forte coesa defensiva com as linhas muito próximas e apostando na transição defesa-ataque em velocidade ( Walcott e Di Maria). Deu a ideia que o Real esperava que numa bola parada a grande diferença de altura que tinha desse alguma vantagem, tal não aconteceu. E toda uma ideia de jogo mais intrínseca ao próprio adn dos jogadores foi ganhando confiança, espaço e acabou por explodir nos últimos minutos nos pés do jogador que melhor representa essa identidade de jogo: Lionel Messi. O último golo é algo - mais uma vez - divinal. Não nos esquecemos que apesar de desgastados psicologicamente e fisicamente, os defesas do Real não são os do Getafe ( com o devido respeito).

Com a expulsão do jogador Anti-tiki-taka o jogou mudou.
Isto tudo agora é "ses" mas duvido que com Pepe o jogo se desenrolasse desta forma. E se Mourinho não mexeu esperando a 2ª Mão, o 0-2, deixa no ar porque Káká, Benzema e Hinguaín não entraram. Lá está, se.

Mesmo assim este 0-2  continua a ser mais interessante que o 0-2 de ontem, pois o Real não dará a eliminatória por perdida. E se marcar primeiro - e cedo- em Camp Nou. Teremos Jogão! Mas para isso, Mourinho terá que abordar o jogo de outra maneira. Ele lá saberá fazê-lo.

É triste ver o espectáculo que se desenrolava a cada toque entre jogadores, o futebol é um desporto de contacto físico e o futebol só perde com estas tentativas de pressão nos árbitros. Algo que não se vê - por exemplo - em Inglaterra. É outro futebol.