O camisola 8

Adora futebol. Por isso jogava no meio do campo com a camisola 8, igual ao ídolo. “Essa é a melhor posição, pega na bola o tempo todo”. Agora escreve sobre esse Mundo que é o futebol.
De tudo um pouco, na maioria das vezes sem saber o que diz, das outras sem saber o que dizer.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

AS Roma





    Vira-se a década e vira-se uma nova página na história desse colosso do futebol italiano: AS Roma. Depois de um início de século fulgurante com um título, e um segundo lugar, em 2003 começou-se a escrever em tons cinzas a história. Arredada da luta pelo título, com imensas classificações a meio da tabela, e apenas com dois 2ºs lugares sempre atrás dos rivais de Milão, esquecida na alta rota do futebol europeu e com uma equipa desfigurada e sem figuras de relevo (Totti, como sempre é a excepção), sempre com apostas falhadas no treinador típico italiano, surge agora um sangue novo.
   Luís Henrique foi apresentado como o novo treinador da equipa dos imperadores, o ex-treinador do Barcelona B estava a desenvolver um trabalho fantástico na cantera catalã, dominando a segunda divisão espanhola, com exibições de encher o olho, e com números impressionantes, apontado como o grande sucessor de Guardiola, Luis Henrique decidiu ir apostar o seu futuro noutro país (como Guardiola fez enquanto jogador...). Chega a Roma como a antítese de tudo aquilo que é o futebol italiano. Será um choque de culturas, mas talvez seja isto que o futebol italiano esteja a precisar, um futebol que parou no tempo e não evoluiu, que vive das tradições e da história e a cada ano vê se alargar o fosso que o separa de outros campeonatos colossos. Basta ver a força que as equipas italianas começam a perder na Europa. Algo contrariado por um luso-Inter, mas se tivermos em conta que eram elas que lideravam a Europa, é porque alguma coisa se alterou... 
   Roma sempre teve uma conotação aristocrata, a Lazio sempre foi a equipa do povo, e Roma dos Imperadores. Será essa a obrigação de Luís Henrique, um jogador que me muito admirei num fantástico Barcelona, ser um Imperador entre feras, um verdadeiro Gladiador!
   Parece que exigiu 2 laterais, 1 central e 1 médio. Parece-me pouco, acho que a esta Roma falta consistência mas também um verdadeiro desequilibrador, algo que Totti já não é. As opostas fala-se serão praticamente todas em catalães, seus conhecidos. Luis Henrique não pode cometer o erro de querer fazer um mini-barcelona em Roma. Terá que se adaptar as contingências da nova realidade. Mas não tenho dúvidas que veremos a Roma a jogar futebol como à muito não se via. Veremos a Roma novamente lá em cima, no seu lugar, e veremos finalmente Rossi a ter uma equipa à sua altura. 

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